Estrada
Pena Branca e Xavantinho
Perdi a minha boiada
Deixei a estrada lá do sertão
Peguei a tropa e fiquei sem nada
A não ser as mágoas do coração
Na invernada do pensamento
Escuto o vento na imensidão
E um berrante tocando triste
Nas agonias de um peão
A vida passa e o tempo voa
As coisas boas também se vão
A santa reza já não entoa
Minha fé cega não tem razão
Meu carro baio foi só um sonho
A tal maldade está contramão
E o campo certo ficou deserto
No manifesto da criação
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