Doidecê

Enloqueceré

Doidecê

De repente me vi en esta ciudadDe repente me vi nessa cidade
Sin siquiera poder opinarSem mesmo poder ter opinado
Marcada por la fe como legadoMarcada por fé como legado

Exploté en el buen venir de la madrugadaRebentei no bom vir da madrugada
El Sol brillando como navajaO Sol reluzindo a navalha
Que el hombre de blanco empuñabaQue o homem de branco empenhava

Empecé a gritarle al mundoFui abrindo meu berreiro pro mundo
En los ojos de mamá un mar profundoNos olhos da mãe um mar profundo
¡El papá con una cara que Dios mío!O pai com uma cara que meu Deus!

Me arrojaron en medio de todo estoMe jogaram no meio desse tudo
Errante, epicentro irresolutoErrante, epicentro irresoluto
Medio inacabada, medio yoMeio inacabada, meio eu

Este mundo aún me enloqueceráEsse mundo ainda vai me endoidece
Este mundo aún me enloqueceráEsse mundo ainda vai me endoidece

Resulta que en la mestiza del asfaltoCabô que na cabocla do asfalto
Llegué hasta los pies descalzosCheguei té nos pés descalços
Bien acostumbrada a sobresaltosBem acostumada a sobressaltos

Mi cuerpo es de la noche de luna llenaO meu corpo é da noite enluarada
Del viento y de la tierra, estrella raraDo vento e da terra, estrela rara
Soy hija de Gandhi con madre de aguaSou filha de Gandhi com mãe d'água

Sigo gritando a estos sordosContinuo berrando pr'esses surdos
Que parecen no saber ser mundoQue não parecem saber ser mundo
Y rezan para mantenerse ateosE rezam pra se manter ateus

Sé que también tengo parte en este sordoSei também tenho parte nesse surdo
Pero llevo las riendas a toque cortoMas levo as rédeas a toque curto
¡Mi historia la hago yo!A minha história faço eu!

Este mundo no me enloqueceráEsse mundo não vai me endoidece
Este mundo no me enloqueceráEsse mundo não vai me endoidece
Este mundo no me enloqueceráEsse mundo não vai me endoidece
Este mundo no me enloqueceráEsse mundo não vai me endoidece

Es con el toque del dedo en la guitarraÉ com o toque do dedo na viola
Que la libertad tejeráQue a liberdade tecerá
Su camino brillante que desfloraSeu caminho luzente que deflora
Desde el fondo de la guerra, el sonido de la pazDo fundo da guerra, o som da paz

Me siento diminutaEu me sinto perante, pequenina
Esperando la oscuridad ante la luzÀ espera do breu diante a luz

Pero mientras esperoMas enquanto aguardo na espera
¡Es mi canto feroz el que me guía!É meu canto feroz que me conduz!

¡Mientras pueda cantar, no me doblegará el dolor del azote!Enquanto eu puder cantar, não me curvará a dor do açoite!
¡Mientras pueda bailar, no me doblegará el dolor del azote!Enquanto eu puder dançar, não me curvará a dor do açoite!

¡Mientras pueda cantar, no me doblegará el dolor del azote!Enquanto eu puder cantar, não me curvará a dor do açoite!
¡Mientras pueda bailar (no me doblegará el dolor del azote!)Enquanto eu puder dançar (não me curvará a dor do açoite!)

Mientras pueda cantarEnquanto eu puder cantar
Mientras pueda cantar, no me doblegará el dolor del azote!Enquanto eu puder cantar, não me curvará a dor do açoite!
¡Mientras pueda bailar, no me doblegará el dolor del azote!Enquanto eu puder dançar, não me curvará a dor do açoite!