Botoneira
Raone
Abro os braços e dou um abraço, nesta gaita botoneira.
Dedilhando uma vaneira, batendo o pé no compasso.
Os pares marcando o passo, num vai e vem bem ligeiro.
Igual formiga no carreiro, numa tarde de mormaço.
Estrib:
No lusco fusco da aurora, e a luz fraca do candeeiro.
Mal se divulga o gaiteiro, entre a fumaça e o pó.
A indiada suando de encharcar a bombacha
Só se ouve vai ou racha, é o povo num grito só.
Se aproxima a madrugada, e chora lágrimas de orvalho
O rangido do assoalho faz dueto com a vaneira.
Num oigaletê porqueira, vai seguindo atrás do outro.
Que nem manada de potro, em volta numa mangueira.
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