
Égua Branca
Raul Torres e Florencio
Eu tenho uma égua baia
Que a marvada não cresceu
Cresceu inté cinco pármo
Despôis a égua incoiêu
Égua ruim igual a essa
Neste mundo não nasceu
Oitenta carro de mio
Essa égua já comeu
Só anda de passo a passo
A égua nunca correu
Pra mim criá essa égua
Muito trabáio me deu
Foi à custa de bordoada
Nem assim ela morreu
Um dia peguei a égua
Na hora que escureceu
Caminhô quinhentos metro
Logo o dia amanheceu
A marváda impacô
E dali nem se mexeu
Um dia na minha casa
Um comprador apareceu
Trinca mír réis pela égua
O caboclo ofereceu
Na hora do pagamento
O marvádo arrependeu
Deixei por vinte mír réis
Nem assim não resorvêu
Despediu-se e foi simbóra
Nem sastisfação me deu
Sortei a égua no pasto
Veja só o que aconteceu
A cobra mordeu a égua
E a cobra enlouqueceu
No outro dia seguinte
A minha égua morreu
De tão ruim que ela era
Nem os côrvo não comeu
Acabou-se a égua branca
Que tanta raiva me deu



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