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Eu trago a mesma figura, dos retratos dos antigos
Lembrança de tempos idos dos meus jamais ancestrais
Os que deixaram sinais de lavra demarcatória
Demonstrando a trajetória a seguirem os demais

Eu trago a cara tostada, dos ventos e soalheiras
Terra de arado e mangueira na Lua nova das unhas
São timbres da mesma alcunha da dura escrita da lida
Bruta herança adquirida da minha estirpe terrunha

Eu trago o gosto andarilho, trazido dos meus passados
Dos que andaram, desterrados, vagando sem luz mentino
Tentando encontrar sentido, nas lonjuras teatinas
Em cimesmando mando uma sina, de andar buscando um destino

Eu trago a mais dura prova, dos quais descendo e sucedo
Passar a diante os segredo de ser o que sou e sei
Deixar gravado o que herdei de mim hão de vir
Na certeza do sentir, de que nunca morrerei

Escrita por: Guilherme Collares / Roberto Luçardo. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.

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