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Marcas da Dor
Samuel Mariano
Marcas da Dor
A cruz no chão, ao seu lado um carrasco
E um martelo na mão
Olhando os pregos e a multidão
Sentiu grande vazio no Seu coração
Pegaram o Mestre
Deitaram sobre a cruz
Abriram seus braços, não, não viram sua luz
Juntaram seus pés, chamaram o carrasco e ele chegou
E ao lado do Mestre se agachou
E o martelo subiu, subiu, subiu
Sobre os pregos desceu, desceu, desceu
E bateu, bateu, bateu, bateu
Ergueram a cruz
Lá estava pregado, do mundo a luz
Nenhum gemido sequer soltou
Todos viram em Seu rosto a marca da dor
Seu sangue jorrando
Batendo no chão
Viu em todos os homens
Ah, homens, a ingratidão
Mas não se irou
Pediu ao Pai perdão e o Pai perdoou
Rendeu Seu espírito e chorou
Sua cabeça tombou, tombou, tombou
Sobre o peito caiu, caiu, caiu
E morreu, morreu, morreu, morreu, morreu
Tudo silêncio, nem as aves cantavam
Nenhum som se ouvia
Maria olhou, tem alguma coisa errada
A tumba vazia
Ela não se lembrou que era o terceiro dia
A tampa do túmulo estava caída
Meu Mestre já tinha voltado a vida
Onde está o meu Mestre?
Gritava Maria, quem O escondeu?
E uma voz conhecida: Maria, se fez ouvir
Quem procuras, Maria?
Eis-me aqui, eis-me aqui
Ao teu lado estou, estou, estou
Estou vivo, vivo, vivo, vivo, vivo, vivo, vivo
Eu estou vivo, vivo, vivo, vivo, vivo, vivo, vivo
Eu estou vivo, vivo, vivo, vivo, vivo, vivo, vivo!
Allan Kardec morreu, mas Eu estou vivo
Buda morreu, mas Eu estou vivo
Padre Cícero morreu, mas Eu estou vivo
Aristóteles morreu, mas Eu estou vivo
Eu estou vivo, vivo, vivo estou
Marcas de dolor
La cruz en el suelo
A su lado, un verdugo y un martillo en la mano
Mirando las uñas y la multitud
Sintió un gran vacío en su corazón
Se llevaron al maestro, se acostaron en la cruz
Abrieron sus brazos
No, ellos no vieron tu luz
Ponen sus pies juntos
Llamaron al verdugo y llegó
Y al lado del maestro se agachó
Y el martillo subió, subió, subió
Abajo, abajo, abajo, abajo
Y golpea, golpea, golpea, golpea
Levantaron la cruz
Allí fue clavado, del mundo la luz
Sin gemir, ni siquiera soltar
Todos vieron la marca de dolor en su rostro
Su sangre brotando, golpeando el suelo
Vi en todos los hombres
Ah hombres, ingratitud
Pero no estaba enojado
Le pidió perdón a su padre, y el padre perdonó
Entregado tu espíritu
Y lloro
Su cabeza cayó, cayó, cayó
Cayó sobre el pecho, cayó, cayó
Y murió, murió, murió, murió, murió
Todo silencio
Ni los pájaros cantaban
No se escuchó ningún sonido
María miró
Algo está mal
La tumba vacía
Ella no recordaba
Ese fue el tercer dia
La tapa de la tumba se cayó
Mi amo ya había vuelto a la vida
¿Dónde está mi amo?
María gritó: ¿Quién lo escondió?
Y una voz familiar: ¡María!
Fue escuchado
¿A quién buscas María?
Aquí estoy, aquí estoy
A tu lado estoy, estoy, estoy
Estoy vivo, vivo, vivo, vivo, vivo, vivo, vivo
Estoy vivo, vivo, vivo, vivo, vivo, vivo, vivo
¡Estoy vivo, vivo, vivo, vivo, vivo, vivo, vivo!
Allan Kardec murió, pero yo estoy vivo
Buda murió, pero yo estoy vivo
El padre Cicerón murió, pero yo estoy vivo
Aristóteles murió, pero yo estoy vivo
Estoy vivo, vivo, vivo estoy
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