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São Paulo

Sérgio Dias

São três da manhã em São Paulo
E a garoa se espalha no chão
Acelero e o carro me guia o destino
E pela madrugada eu me vou

É como febre

O sangue me ferve nas veias
Do concreto a poesia faz lar
A cidade do rock me bate estaca
No peito o coração derrapou

Eu tenho febre

Teu som me toca, o teu nome é meu lar
Uh uh uh uh uh uh hu
Tudo aqui, é metal, tudo aqui, é pedra

Aqui é a terra de todos
Os estados deste podre Brasil
Em sampa a gente encontra bahiano cantando
Na esquina da avenida São João

É como febre

Eu vejo tudo em branco e preto
Como as listras da bandeira no ar
E o meu turbo espirra cantando pneu
Eu como eu morro na marginal

Eu tenho febre

Teu som me toca, o teu nome é meu lar
Uh uh uh uh uh uh hu
Tudo aqui, é metal, tudo aqui, é pedra
Me leva pra casa

As meninas da augusta me fazem
De tudo o que eu possa pagar
Elas comem a lei do mercado livre
São Paulo nunca pode parar

É uma febre

Não há lugar nesse mundo
Em que eu me sinta mais vivo que aqui
Acelero e meu carro me guia o destino
E pela madrugada eu me vou

Teu som me toca, o teu nome é meu lar
Uh uh uh uh uh uh hu
Tudo aqui, é metal, tudo aqui, é pedra
Me leva pra casa
Aah!

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