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Quem não tem a própria voz
Vai imitar alguém
Pra desatar o não e os nós
Ir além
Se não se encontrar a sós
Nunca vai ser ninguém
O homem será mero algoz
E seu refém
Sempre vão lhe comparar
Com outro alguém

Quem não tem a própria luz
Às vezes fica sem
O brilho, apenas se transluz
Vive aquém
Quem a vida não conduz
A morte um dia vem
Perecerá na mesma cruz
Com seu desdém
Pra sempre permanecerá
Depois no Além

A natureza tem
Um bicho que traduz
O vaivém dos pássaros
O regonguz
O capitão do mato
As araras azuis
De peito estupefato
Ele tudo transmuz
Lá vem o japiim
O japiim-xexéu
Que zomba lá do céu
A caçoar de mim

Quem não tem o próprio som
Faz que nem japiim
Só reverbera o que é bom
Diz que sim
Quem não tem o próprio dom
É meio assim, chinfrim
E canta só fora do tom
Em mandarim
É melhor se transformar
Num beleguim

Quem não sabe onde é a foz
Ou o manancial
Só vive perdido no atroz do banal
Quem não nasce pra albatroz
Há de viver pardal
Mas se não for bicho feroz
Será mortal
Vão na certa lhe atirar
Num matagal

A natureza tem
Um bicho que traduz
O vaivém dos pássaros
O regonguz
O capitão do mato
As araras azuis
De peito estupefato
Ele tudo transmuz
Lá vem o japiim
O japiim-xexéu
Que zomba lá do céu
A caçoar de mim

Danado passarim
A caçoar de mim
Que nem o japiim

Escrita por: Thiago Thiago De Mello / Edu Kneip. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.

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