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Retirante

Tião Folk

Quando cheguei aqui não esperei muita coisa
Mas trouxe no peito o peso de sonhos

O asfalto quente de dezembro
Me recebeu em silêncio
Porque a cidade não tem olhos pra quem chega

O tempo aqui não anda, desliza, escapa
A janela tá fechada, mas os sons viajam
O mundo dá voltas em torno de si, eu sei
Mas prefiro parar e ver a poeira brilhar na fresta

A cidade te devora aos poucos
Meu caro, Deixe estar!
Ser devorado é viver
Entre o caos e o despertar

Trago no peito uma pátria inventada
Onde o futuro é uma lembrança do que já se foi
Quando o presente cansa
Me refaço em sonhos que deixei pra depois

Sou um estrangeiro dentro de mim
Um retirante sem porto, nem mapa
Procurando o que perdi faz tempo
Mas talvez nem fosse meu

A vida é um itinerário incerto
Você embarca primeiro
O destino vem depois
Muitos já passaram por aqui
Cada um com seus próprios nós

A esperança é uma moeda gasta sem valor
Que gira no ar sem escolher um lado pra cair
Nem por isso me dou o luxo de parar
Prefiro a queda a nunca tentar subir

Se você acha que o destino é o fim
Não! Nunca foi
Por isso firmei o passo
Pra sustentar o peso do tempo

Só por hoje
Vou caminhar
Sem julgar
A cor da poeira na calçada


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