corcel laranja

Não tenho tempo pra perder, garota veneno
Ando no carro endiabrado, cortando o ar
Enquanto o rádio tá me lendo, no som mais alto
Ecoa o timbre de Jim Morrison, Riders On The Storm (On The Storm)
Só há um caminho na estrada, só uma mão
Bebi, mas hoje estou com Deus, temo nem o cão
Já foi meu tempo bom, já aprendi minha lição
Ultrapassei dois caminhões na contramão

Sou filho de caboclo com inspiração em Bob Dylan
Derrapando na curva, sentindo o gosto do ar
Agridoce, é o tempero que sai da grama molhada
Mil clássicos do rock não tocam o que eu sinto agora
Me seguem os desgraçados, me chama de culpado
O delegado safado, um bando de arrombado
Acham mesmo que eu paro?
Já arranharam meu carro

Estamos seguindo um corcel laranja pelas estradas de
O homem o quem o dirige é o nosso principal suspeito do sumiço de
E ao que tudo indica, é o seu próprio marido

Brasil, não é filme do Spielberg, como lá fora
O sol tá indo embora, ouço até a caipora
Acendo o fumo, puxo o trago e assopro
À frente as nuvens choram, enquanto The Doors toca
As luzes seguem meu corcel ao som de Riders On The Storm (On The Storm)
Sem paz, pai que me queira, já fiz minha confissão
Ela saiu com o balconista, eu fiquei sem chão
Ainda estão atrás de mim, meu carro se sujou na lama
Enquanto eu posso, eu tô passando a marcha
A rádio grita, clama meu nome
Diz que um homem ainda foge com o cadáver em seu porta-malas

Sou filho de caboclo com inspiração em Bob Dylan
Derrapando na curva, sentindo o gosto do ar
Agridoce, é o tempero que sai da grama molhada
Mil clássicos do rock não tocam o que eu sinto agora
Me seguem os desgraçados, me chama de culpado
O delegado safado, um bando de arrombado
Acham mesmo que eu paro?
Já arranharam meu carro