Tatarana
Valter Braga
Tatarana partiu para o sertão
Na vereda sumiu sob o luar
No caminho encontrou com Lampião
Diadorin teve medo e quis voltar
A coluna de Prestes, capitão!
Severina gritou e ninguém viu
Padre Ciço avisou numa oração
O Nordeste faz parte do Brasil
Ê, mulher rendeira
É dia de feira
Vi vento e poeira
Patativa cantou na solidão
Bateu asas também o carcará
Conselheiro levou a procissão
Para ver o sertão que virou mar
Maria, meu amor
A vida é assim
Todo dia se fia uma canção
Com a linha perdida do viver
E o cego se vê na escuridão
O cordel desenrola do seu ser
Seria um ator?
E o drama não tem fim
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