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Sombras de Veludo

Vanusa

Na cidade grande
Um prédio cresce
Em cada esquina
Feito de concreto
Ele alucina!

Esconde o céu e o sol
Esconde até o coração
Escuro e frio
Ele invade o chão!

Estes edifícios
Na cidade
São os homens
Todos coloridos
E poetas
E eu calado e tonto
Sou apenas um qualquer:

Sombras de veludo
Vão dizendo tudo
Que eu não sei dizer!

Sombras de veludo
Vão dizendo tudo
Que eu não sei dizer!

Sombras de veludo
Vão dizendo tudo
Que eu não sei dizer!

Sombras de veludo
Vão dizendo tudo
Que eu não sei dizer!

Na cidade grande
Existe sempre
Uma vitrine.

Onde se despejam
As vaidades
E o sonho
A qualquer preço
A todo preço
Uma ilusão!
Na rua a vida
É uma liquidação!

Todas as vitrines
Da cidade me comovem
Todas as pessoas
Nas vitrines são felizes
E eu calado e tonto
Sou apenas um qualquer:

Sombras de veludo
Vão dizendo tudo
Que eu não sei dizer!

Sombras de veludo
Vão dizendo tudo
Que eu não sei dizer!

Sombras de veludo
Vão dizendo tudo
Que eu não sei dizer!

Sombras de veludo
Vão dizendo tudo
Que eu não sei dizer!

Sombras de veludo
Vão dizendo tudo
Que eu não sei dizer!

Sombras de veludo
Vão dizendo tudo
Que eu não sei dizer!

Sombras de veludo
Vão dizendo tudo
Que eu não sei dizer!

Sombras de veludo
Vão dizendo tudo
Que eu não sei dizer!

Escrita por: Antonio Marcos / Mário Marcos. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.

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