Um Culto ás Mães Pretas Ancestrais

Oxorongá!
É o amor que vem de lá
É o poder de yami, força ancestral
Oxorongá!
Sou teu filho e preparo o ebó
Pra fazer história no ilê da Tom Maior

Odú
Ventre fecundo, proteção e vida
Destino traçado no Orum
A mão amiga
Progenitora leal, não castiga

Ensina a respeitar e amar o irmão
E persistir no caminho bem
Meu bem, minha mãe Yami
Tronco sagrado que o tempo não vai destruir

É a vida, é a morte
Fartura e privação
Incerteza da surpresa
Dúvida, decepção
É quem rege o destino
Ave, pássaro, mulher
Eleié! Eleié!

Colo dessas negras divinais
Ternura que nos faz compreender
Preceitos, fundamentos, rituais
Meu canto hoje é pra agradecer

Obá, Akirô Obá!
Odoyá! Oraieieô!
Saluba Nanã, Epahey Oyá!
Ewá Ri ró Ewá!
Mãe preta, Bakhita, Anastácia, Aparecida

Dobre o rum às mães do samba
Pois Ciata é imortal
O Tom Maior da ancestralidade
Traz seu axé pra esse carnaval!