O Poema É Meu Destino
Zebeto Corrêa
A palavra é uma agulha
Alinhavando a canção
E o meu canto é uma fagulha
Que incendeia e faz clarão
Quando o tempo corre solto
Feito um rio ou ribeirão
Dói no peito e bate afoito
O tambor do coração
Fui nas minas lá de Minas
Garimpar um grande amor
Namorei muitas meninas
Burilei a minha dor
Quando o vento soprou forte
Balançando o buriti
Formei tropa e fui pro Norte
Era hora de partir
Êta vida bem vivida
Diz a letra do refrão
O poema é meu destino
Tá traçado em minha mão
Desde os tempos de menino
Fiz do mundo meu sertão
Com as cordas da viola
Eu enforco a solidão
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