visualizaciones de letras 185

Sonhos De Cadáver

Acceptus Noctifer

Órbitas sem olhos, lâmpadas sem luz,
Maxilas cor d'âmbar, frias como o gelo,
Faces descarnadas, crânios sem cabelo,
Formas onde a carne se desfez em pus
Despiu-nos a terra o tórax e os diversos membros.

Das bocas sem lábios sai-nos uma trova,
Que é como um punhal esfarrapando a pele.
A desoras, quando treme o arvoredo,
E o silêncio esmaga as fortes ventanias,
No baile macabro damos as mãos frias
E vamos dançar cancãs que metem medo.

E quem sabe lá, profunda noite escura,
As voltas que demos quando ainda não
Tínhamos descido à negra vala impura.

Ai quem sabe lá! Que a vida é enigma
Aonde entramos rindo sem pensar na seca vida...
Vale mais morrer, que a morte é a saída...
Dessa pena injusta, desse infame estigma.

Desse imundo charco...
A dor e a angústia, o desengano e a febre,
O ouro de um palácio e a fome de um casebre...
Que para ver males é que nós nascemos
Pelas podridões das bacanais devassas,
Onde o vício bebe por lascivas taças,
O veneno um que nos estraga o sangue.


Comentarios

Envía preguntas, explicaciones y curiosidades sobre la letra

0 / 500

Forma parte  de esta comunidad 

Haz preguntas sobre idiomas, interactúa con más fans de Acceptus Noctifer y explora más allá de las letras.

Conoce a Letras Academy

¿Enviar a la central de preguntas?

Tus preguntas podrán ser contestadas por profesores y alumnos de la plataforma.

Comprende mejor con esta clase:

0 / 500

Opciones de selección