
Refúgio
Aldina Duarte
Passa-se o tempo a correr
Enquanto a vida deixar
Esperaremos como sempre
Que alguém nos venha salvar
Numa casa abandonada
Ronda a morte sem chorar
Do que foi não ficou nada
Pra quem parte e quer ficar
Não há ninguém na solidão dos meus passos
E pouco a pouco, os abraços
São a cruz do dia escuro
Virá alguém matar de vez estas mágoas
Caminhando sobre as águas
Sem passado e sem futuro
Que o mar da nossa incerteza
Seja a força que nos cega
Quando a terra nos despreza
E o céu nega a nossa entrega
No embalo da canoa
Adormecem desvalidos
No som das ondas à toa
A voz dos corpos vencidos



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