Reitoria
Alexandre França
A textura do livro que eu lia
Era de realidade
E eu assumia em todas as partes
A ação da personagem.
Na quinze sopraram seu nome pra mim
Era um sinal da passagem
Do nosso encontro na esquina da rua
Com a universidade.
Aquelas pessoas discutiam Nietzche
E eu queria fazer arte:
Falar tudo sobre a filosofia
Da nossa felicidade.
Então, você passa o perfume importado
Que eu faço a minha barba rala
Na 13 de maio eu a vejo,
É a noite tirando com a nossa cara
Para amanhecermos juntos na aula.
Depois do café na cantina eu dizia
Que o sentido da verdade
Na reitoria ou nos bares do centro
Era um beijo, cedo ou tarde.
A textura do livro que eu lia
Era de realidade
E eu assumia em todas as partes
A ação da personagem.
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