
Virulência
Alexandre Nero
Um vírus nos virou do avesso
Nos arremessou pra dentro
Um tiro nos atirou por entre a Maré
É preciso inventar um lado de fora
É preciso ventar
Um vírus, um tiro, a peste
O escuro, Moby Dick
Tiranossauro rex
A veste, a renda, o sangue azul
E longe a sede tudo falta
Madrugada
Ouço o choro de crianças baleadas
Que brincando tombam na sala
Quilombolas, guajajaras machucadas
Nas florestas e favelas
Por um fio, equilibristas no nada
Que falta me faz meus pais
Que falta nos faz a paz
Que falta nos faz um país
Na falta de ar, um governo deserto
Atine um mar que se ajuste ao teto
Stradivárius virão
Passarinhos no verão
É preciso inventar um lado de fora
É preciso ventar



Comentarios
Envía preguntas, explicaciones y curiosidades sobre la letra
Forma parte de esta comunidad
Haz preguntas sobre idiomas, interactúa con más fans de Alexandre Nero y explora más allá de las letras.
Conoce a Letras AcademyRevisa nuestra guía de uso para hacer comentarios.
¿Enviar a la central de preguntas?
Tus preguntas podrán ser contestadas por profesores y alumnos de la plataforma.
Comprende mejor con esta clase: