
Poronga
Allan Carvalho
O cabra nordestino
Foi para o Acre cortar seringa
E fazer seu pé-de-meia
Lá no coração da selva
Onde aviamento rimava com sofrimento
A malária era companheira
A onça o seu medo
A solidão o seu cais
Para seu alento havia na virgem mata
O cantar do uirapuru
E a alvorada dos guaribas
Poronga nos caminhos alumiava e alumiou
Às quatros já saia pra vida pro labor
Seringueiro que fez a Bolívia de cá
Defumando borracha quem lucrou foi patrão
Sonhava a volta pro sertão
Sem saldo foi ficando
E no tempo a escravidão
E se arribou do seringal
Com trapos no corpo
Cara e coragem
Chegou na capital
Na periferia
O cabra nordestino
Vai traçando o seu destino
Com os filhos que Deus lhe deu
No mundo de Deus-dará
No mundo de Deus-dará
No mundo de Deus-dará



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