
De Bubuia
Amadeu Cavalcante
Marapatá roubou minha vergonha
Misturou água negra com barrenta
E sacudiu canarana varrida
Que acenava ao boto distante num desejo impossível
Vi, parado da canoa
A floresta desfilar o seu silêncio chicoteado
E trêmulo pelo grito do Mapinguari
Quatro luas de banzeiro
Rezando fino frio de chuva
A proa que afunda em águas escandalosas
E o rio se encharca, se empanturra
Na festa liquida
A chuva pingava pingando
Baldes de rios
A cabocla foi passear
Seu sexo na calçada enxuta da cidade
Onde o boto se arrisca uma conquista
E a canoa solitária
Onde o rio é testemunha
Boto molhado não conquista ninguém
A cabocla foi passear
Seu sexo na calçada enxuta da cidade
Onde o boto se arrisca uma conquista
E a canoa solitária
Onde o rio é testemunha
Boto molhado não conquista ninguém
Boto molhado não conquista ninguém



Comentarios
Envía preguntas, explicaciones y curiosidades sobre la letra
Forma parte de esta comunidad
Haz preguntas sobre idiomas, interactúa con más fans de Amadeu Cavalcante y explora más allá de las letras.
Conoce a Letras AcademyRevisa nuestra guía de uso para hacer comentarios.
¿Enviar a la central de preguntas?
Tus preguntas podrán ser contestadas por profesores y alumnos de la plataforma.
Comprende mejor con esta clase: