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Mulher da Vida

Amélia Rabello

Era uma mulher comum
Amor nenhum
Só solidão
Desilusão
Nenhum prazer
Nada quis
Nem mesmo ser feliz
Só viver.

Era uma mulher sem paz
Desde que seu coração fechou tempo atrás
Por uma paixão sofrida
Ela caiu na vida
Procurou saída
Mas não pôde mais
E quedou aflita.

E o que foi de bonita
Já não é
Todo amor evita
Essa mulher
Porque foi marcada por demais
E seu frio coração conserva esses sinais
Viver num quarto de vaga
Quarto que ela paga
Quando à noite afaga
Homens imorais
Pra criar a filha
Por quem ela se humilha
Se tiver
Dura estrada trilha
Essa mulher
Inda dizem que não vale nada.

Escrita por: Paulo César Pinheiro / Raphel Rabello. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.

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