
Invejo
Angelo Santedicola
Invejo os que sentem tremores
E enfeitam com flores o olhar de suas musas
Invejo sua fala confusa
Sua voz sussurrada dizendo te amo
Invejo os que sentem desejo
E ardem num beijo o calor que eles sentem
Nas pernas, no ventre, no peito
Nas mãos tão suadas e gemem te amo
Invejo os que bebem e cantam
E queimam de febre em pleno delírio
Invejo os que fingem poemas
Se fazem poetas e escrevem te amo
Invejo aqueles que choram
Que aflitos imploram, que se ajoelham
Invejo esta dor de navalha
Que corta, estraçalha e deixa sangrando
Invejo os que perdem o sono
Que perdem o senso, que perdem o juízo
Os que alheios a tudo
Alheios a todos, exclamam te amo
Invejo e às vezes eu minto
Que isso eu não sinto e não corro perigo
Eu calo o peito e a garganta
Meu grito é o silêncio, eu te amo e não digo!



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