Vara de Ferrão
Antônio Nunes
Velho carreiro que nasceu no meu sertão
Hoje esta velho, cansado de trabalhar
Já não suporta o batente da boiada
Por isso mesmo ele leva a vida a chorar
Até que um dia de tristeza ele morreu
Vivia triste sem poder mais trabalhar
Sentado no seu carrinho de roda
Olhava triste seus amigos carrear
Sua vara de ferro eu guardei
Pus no alto do esteio para ninguém mais pegar
Mandei pintar um novo carro, com uns bois
A herança de quem foi para nunca mais voltar
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