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Amor À Favela
Arlindo Cruz
Amor a la Favela
Amor À Favela
Las chozas de hoy
Os barracos de hoje
Son mampostería
São de alvenaria
No hay más silencio
Não tem mais o silêncio
De la mariana del pájaro
Da ave maria
Hoy todo es un secreto
Hoje tudo é segredo
Y el miedo circula
E circula o medo
En cada callejón
Em cada viela
Hoy en día la colina tiene dueño
Hoje o morro tem dono
También hay una disputa
Também tem disputa
Un abandono total
Um total abandono
Los niños que van a la lucha
Filhos que vão à luta
Gente que no se cansa
Gente que não se cansa
Poesía esperanza y amor de la favela
Poesia esperança e amor à favela
La música ha cambiado
A música mudou
La rosa ya no habla
A rosa já não fala
No cantes, no sonrías
Não canta, nem sorri
El encanto se acabó
O encanto acabou
Injusticia y dolor, eso es lo que hay por aquí
Injustiça e dor, é o que tem por aqui
Niños sin control
Crianças sem controle
Sin el valor de la vida
Sem o valor da vida
Gritos comunitarios
Comunidade chora
Juventud perdida
Mocidade perdida
Más bien hay bribón que llega tarde a casa
Mais inda tem malandro que chega tarde em casa
Y ruega a la señora
E implora a patroa
¡Por favor, perdóname!
Por favor me perdoa!
Para permanecer en una buena
Pra ficar numa boa
Lap mulata, jabón
Ensaboa mulata, ensaboa
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