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Abandonado pelos deuses
Entregue à sorte ingrata dos mortais
Em transe em trânsito num festival de adeuses
Eu me despeço e despedaço em busca de uma luz fugaz...
Entrego o corpo à punição dos deuses
Condeno a mim, condeno a mim
Condeno-me por força
De uma profusão de ais
Por obra de umas dobras do deleuze
A troco de uns descontos de enfiteuse
Por conta de uma multidão de iguais
Por mode de uma multidão de iguais
A banda abandonada pelos deuses
Entregue à sorte ingrata dos mortais
A banda abandonada pelos deuses
Entregue à sorte ingrata
Ingrata sorte dos mortais
Catando guimba
Cheirando à gambá
Buscando rima má
Comprando briga
Cumprindo sina
Quem rima, ri, rá, rá, rá, rá!
Escrita por: Arnaldo Luis Miranda. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.
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