Peão Por Destino
Balanço do Tchê
Um campo bem largo, um galpão barreado, um rancho costeiro, um campeiro mateando
Mirando as cochilhas o gado pastando por ali na mangueira o bagual relinchando
Quebrando o silêncio reclama sua cria mordiscando a tordilha que no cio tá entrando
O peão se adimira eta dia dia que vida buenacha
Na boca do mato um guaipeca bate no rastro certeiro de um tatu peludo
Se vê a revoada da passarinhada já é de tardinha tem que se aninhar
O peão se recolhe o fogão fumaceia uma coruja senta na porteira
Em meio ao sereno vem rondar o racho a luz do luar
O peão não sabe se leva a vida ou a vida o leva
Tem por destino desde menini viver assim
Posso sentir dentro do peito a emoção dessa morada
Galopa o coração estouro de boiada que não tem fim
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