Lágrimas
Carlos José
Ai, deixa-me chorar para suavizar
O que não sei dizer, mas sei sentir
Não prantear o amor que se perdeu
É a nossa alma enganar
E ao próprio coração querer mentir
Rir é quase iludir
É querer forçar o próprio coração a gargalhar
Quando ele está solitário na dor
A soluçar de amor
É mais sublime a lágrima
Que exprime as nossas emoções
Amenizando a alma cheia de ilusões
Do que sorrir para esconder a mágoa
Que o olhar não diz
Não há ninguém feliz
Quero fazer das lágrimas que choro
Estrelas a brilhar
Rosas de cristal
Do pranto emocional
Mas se ela voltar
Fulgente diadema então lhe ofertarei
Do pranto que chorei
Sim, quem nunca chorou
Certo nunca amou
Talvez nem alma tenha para sentir
Não causa faz inveja este prazer
Eu gosto até de padecer
Chorar é a mágoa em pérolas diluir
Não, quem quiser amar
Certo há de chorar
E há de sentir morrer o coração
Porque o amor sendo belo é falaz
Como os ais
Se desfaz em ilusões
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