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Palavra À Solta
Carlos Zel
Na boca dum poeta que não morreu de amor
Mas bebeu da raíz do medo e da revolta
Na alma duma preta e duma branca flor
Anda no meu país uma palavra à solta
No peito dum amigo que não morreu soldado
Nos barcos e nas redes, nos campos duma herdade
Na raiva do mendigo, nas palavras dum fado
Escrita nas paredes e muros da cidade
No gesto da mulher que passa à minha rua
Levando pela mão uma criança nua
Há todo o meu país, há um grito d'esperança
E uma palavra à solta nas mãos duma criança
Escrita por: António de Vasconcelos. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.
Enviada por Mário. ¿Viste algún error? Envíanos una revisión.



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