Galponeriando Solidões
Cassiano mendes
A tarde deitou no horizonte
Barreado de rubro ao fundo
Anúncio de geada bem grande
Deixando mais frio meu mundo
Inquietudes pateiam o peito
No catre vazio sem calor
Tornando os sonhos, tapera
Lembranças partidas do amor
Sumiram do céu, as estrelas
Da madrugada, o encanto
A lua se foi com tristeza
Mermaram os pirilampos
Na solidão dos silêncios
Um grilo desperta encanto
Parceiro de noites varadas
Que vem trazer acalanto
A manga d'água ligeira
Virou em garoa calma
Sentando a poeira na estrada
Molhando o poncho da alma
Quando o sol abriu na manhã
No galpão eu cevava ansiedades
E na brisa do salso teu nome
Ouvi e chorei de saudades
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