Depravação
Chão Vermelho
Velharia de guerra que habita o profundo
Que sabem o que se passa em tudo
Esmagam fraquezas quando clareia o mar, dezenas e centenas
Labirinto espreita a ordem que escraviza
Diminui na medida em que se sobe degrau
Recompensa em anexo rápido como pólvora
Quando se estende a mão
E põe o canhão pra funcionar
Resgate perfeito ao teu leito
Quando distante se viu a queda
E você estava cego com uma estaca
Atravessada na clavícula
Não quiseram só que não enxergasse
Mas quiseram também te eliminar
Pois nessa guerra de sentidos
Não é bom gritar se não pode atirar
Flamejo oscilante
Em rajadas de vento
Da mira vê teu pranto pedindo ajuda
Escombros caídos em frente à fonte
Da praça que antes serviu
De repouso a quem ali passava
Teu rastejo faz sinal na terra
Como se tua consciência já era
O sentido de deixar passar
É o mesmo de não conformar
Dia após dia o barulho é terrível
Só existe um foco e um prazo
O foco diz... continue
O prazo diz... logo vai terminar
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