
Cabelos de Prata
Clóvis Mendes
Sempre que a saudade chega,
Me pego olhando os retratos,
Mas nada substitui,
O calor de um eterno abraço,
Algum tempo se passou,
Minha mãe mudou o semblante,
E a geada dos invernos,
Fez meu pai mudar bastante.
Hoje cabelos de prata,
E os corações de ouro,
Resolvi dar tempo ao tempo,
E rever os meus tesouros,
Cabelos de pratas os dois,
Mateando a sombra do rancho,
Recordando primaveras,
E antigos sonhos caranchos,
Sempre com o olhar na estrada,
A espera dos passarinhos,
Por que os filhos batem asas,
E acabam deixando o ninho.
Me entrego de volta ao colo,
Onde um dia fui guri,
Sem ter vontade de ir embora,
O mate me prende aqui,
Redescobri a alegria,
Que não avia por lá,
Ficou a sombra do rancho,
Ouvindo o canto do sabiá.
O regresso me mostrou,
Toda beleza da flor,
E junto há simplicidade,
Sobra mais tempo pro amor,
Cabelos de pratas os dois,
Mateando a sombra do rancho,
Recordando primaveras,
E antigos sonhos caranchos,
Sempre com o olhar na estrada,
A espera dos passarinhos,
Por que os filhos batem asas,
E acabam deixando o ninho.



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