
Outono
Daniel Rodrigues
Na falta de um amigo
Que possa guardar segredos
Por mais bobos que sejam
Em você achei abrigo
É sobre um exercício
De amar no mais profundo
É ser o que desejas
Mais feliz que a própria vida
Lhe proporciona
Viver um sonho eterno
De uma esperança
Que floresce com a chuva
De seu amor
De como me alcançou
Do sopro o teu outono
Não nos prejudicou
Viver assim
Nesse tempo sem fim
Numa frequência rara
Tu és tudo pra mim
No presente mais tranquilo
Confirmo os seus mesmos
E nisso ao mesmo tempo
Anulando os meus medos
Num tempo, o desespero
De ser sem o insossego
Deixou a porta aberta
Senti a luz que a vida
No respirar
Vejo no olhar
O que está
Pelo caminho
Estou aqui
Eu sou pra ti
Tu és pra mim
O infinito



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