Herói Sem Medalha (part. José Camillo)

Héroe Sin Medalla (part. José Camillo)

Herói Sem Medalha (part. José Camillo)

Soy hijo del interiorSou filho do interior
Del gran estado de MinasDo grande estado mineiro
Fui un héroe sin medallaFui um herói sem medalha
En la profesión de carreteroNa profissão de carreiro
Tirando troncos del montePuxando toras do mato
Con doce bueyes pantaneirosCom doze bois pantaneiros
Ayudé a explorarEu ajudei desbravar
Nuestro sertón brasileñoNosso sertão brasileiro
Sin vanidad confiesoSem vaidade eu confesso
De nuestro inmenso progresoDo nosso imenso progresso
Fui uno de los pionerosEu fui um dos pioneiros

Miren cómo el destinoVejam bem como o destino
Cambia la vida de un hombreMuda a vida de um homem
Una enfermedad malvadaUma doença malvada
Mi ganado consumeMinha boiada consome
Solo quedó un buey mestizoSó ficou um boi mestiço
Que llamaba lobisomemQue chamava lobisomem
Por ser negro como carbónPor ser preto igual carvão
Fue que le puse ese nombreFoi que eu lhe pus esse nome
Un tiempo despuésDali um tempo depois
Vendí aquel bueyEu vendi aquele boi
Para que los hijos no pasaran hambrePros filhos não passar fome

Molesto con la suerteAborrecido com a sorte
Decidí cambiarDali resolvi mudar
A una ciudad grandeEm uma cidade grande
Con la familia fui a vivirCom a família fui morar
Por ser analfabetoPor eu ser analfabeto
Tuve que sometermeTive que me sujeitar
A trabajar en el mataderoTrabalhar no matadouro
Para poder ganar el panPara o pão poder ganhar
Como era un hombre fuerteComo eu era um homem forte
Desollaba el ganado de corteNuqueava o gado de corte
Para que los compañeros sangraranPros companheiros sangrar

Mira cómo cambia nuestra vidaVeja bem a nossa vida
De repenteComo muda de repente
Yo que a veces llorabaEu que às vezes chorava
Cuando un buey se enfermabaQuando um boi ficava doente
Allí estaba obligadoAli eu era obrigado
A matar a la res inocenteMatar a rês inocente
Pero un buen día el destinoMas certo dia o destino
Me transformó nuevamenteMe transformou novamente
Un buey del color del carbónUm boi da cor de carvão
Para morir en mis manosPra morrer nas minhas mãos
Estaba frente a míEstava na minha frente

Cuando vi a mi buey carreteroQuando eu vi meu boi carreiro
No contuve la emociónNão contive a emoção
Los ojos se me llenaron de aguaOs olhos encheram d'água
Mi llanto cayó al sueloMeu pranto caiu no chão
El buey me reconocióO boi me reconheceu
Y lamió mi manoE lambeu a minha mão
Sin poder salvar la vidaSem poder salvar a vida
Del buey de estimaDo boi de estimação
Pedí la cuenta y me fuiPedi a conta e fui embora
Desistí en el mismo instanteDesisti na mesma hora
De esta ingrata profesiónDesta ingrata profissão