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Dia Ruim

Desgraça

No dia mais quente do ano
Durante o Sol de meio dia
Eu subo na laje do prédio
E observo o caminho do vento
Dentre as ruas estreitas
Tocando as pessoas suadas
Que vibram em suas cabeças
Quando sentem a brisa chegar
Eu imagino suas peles
Sentindo um alívio breve
E sem medo de continuar
É um costume que eu tenho
Em todo sete de setembro
Assim me sinto mais seguro
Aqui no alto sou sortudo
Eu sinto a beleza do ar me cortar

Mas quando estou lá embaixo
Eu tento juntar os pedaços
E grito pra todo o bairro
Que vivam suas vidas vazias
Que sigam pelas avenidas
Sofrendo com suas mentiras
Enquanto eu vivo sozinho
Aqui neste mesmo mormaço
Eu me iludo todo dia
Na minha mente arredia
E é por isso que eu subo aqui
Em todo sete de setembro
Pra aguentar o ano inteiro
No pico do calor do dia
Vendo beleza em agonia
Pra lembrar do que eu já perdi
Naquela tarde infinita
Onde a verdade foi dita
Já não há mais amor entre nós
Eu perdi o meu chão e a razão
Meu sangue secou na foz
Você largou minha mão
Eu perdi tudo assim
Nesse dia ruim
Levou você de mim
Não posso mais ser feliz
Nunca mais

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Compuesta por: Felipe Soares / Rodolfo Lima / Vitor Brauer. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.

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