
Redomona
Desidério Souza
Vou lhes contar de uma feita, na volta de umas carreiras
O Sol com menos de braça, por detrás das cordilheiras
A redomona que eu vinha dessas que bufa e se nega
Troteava espiando os cusco que farejava as macegas
Foi então que a moura negra se assustou de um mulitão
Deu um coice nas roseta e já sacudiu o chergão
Mas eu por ser dos arreio e do oficio das ponteada
Sai abanando o pala raiando com a cachorrada
Descemo ladeira abaixo fazendo um xará chachá
E o pala enroscava as franja na flor do caraguatá
Foi na cerca do potreiro e se atracou numa cancela
E uma xirua assistindo rezava sobre a janela
Quase rodou sobre um coxo bem na sombra da figueira
Bufando de cola astiada parou dentro da mangueira
Perdi pistola e a faca e um cantil de canha pura
Mais a mala de garupa com pastel e rapadura
Froxou a cincha dos arreio chegou a me esvoaçar as melena
Só não perdi a confiança neste meu par de chilena



Comentarios
Envía preguntas, explicaciones y curiosidades sobre la letra
Forma parte de esta comunidad
Haz preguntas sobre idiomas, interactúa con más fans de Desidério Souza y explora más allá de las letras.
Conoce a Letras AcademyRevisa nuestra guía de uso para hacer comentarios.
¿Enviar a la central de preguntas?
Tus preguntas podrán ser contestadas por profesores y alumnos de la plataforma.
Comprende mejor con esta clase: