Tempo de Carreiro

Tiempo de Carreiro

Tempo de Carreiro

En la época de la juventud trabajé como carreteroNo tempo da mocidade eu trabalhei de carreiro
Con ocho bueyes fuertes y también muy velocesCom oito bois reforçados e também muito ligeiros
Fui yo quien cruzó primero el sertón de BernardinaO sertão da Bernardina fui eu quem cruzou primeiro
Subiendo y bajando la sierraSubindo serra e descendo
Transportando carga y trayendo de enero a eneroLavando carga e trazendo de janeiro e janeiro!

La yunta del cabezal, el 'Letrado' y el 'Faceiro'A junta do cabeçalho, o "Letrado" e o "Faceiro"
Me daban mucha seguridad en la bajada del changüeroMe dava muita firmeza na descida do changueiro
Fui un joven de buen gusto y hablo sin exagerarEu fui um rapaz de gosto e falo sem exagero
Cuando pasaba por allíQuando por lá eu passava
Una mestiza me miraba siempre con ojos chispeantesUma cabocla me olhava sempre de olhos morteiros

Pero el tiempo fue pasando, el destino es traicioneroMais o tempo foi passando, o destino é traiçoeiro
Envejecí de repente sin patrón y sin dineroFiquei velho de repente sem patrão e sem dinheiro
Por mucho tiempo transporté sin tener lámparaQuanto tempo carreei nunca tive candeeiro
Mi grito de hola, holaMeu grito de olá, olá
Quedó atascado en vano en el suelo de mi sur mineroFicou embargando à toa no chão do meu sul mineiro

Ya no vi mi viejo carro, estimado compañeroNão vi mais meu velho carro, estimado companheiro
Seguramente se pudrió, allá en el fondo del corralPor certo apodreceu, lá no fundo do mangueiro
La manada fue al matadero en manos de algún carniceroA boiada foi pro corte nas mãos de algum açougueiro
Para decir la verdadPra dizer bem a verdade
Solo queda la añoranza matando a este carreteroSó resta mesmo a saudade matando esse carreiro!