
Estrada Delirante
Drulucca
E quando finalmente cê querer voltar
Acreditando ser esse o seu último ensejo
Vai encontrar o meu casulo aberto assim vazio
Balançando entre as paredes da sala de estar
Nos azulejos alguns versos, um tanto confusos
Vão aflorar a fundo o teu desejo
E essas palavras soltas fiz em letras perecíveis
Exatamente pra não querer mais me decifrar
Tenho a consciência limpa
Que dei tempo até de mais
Só não fui capaz de concordar
Que a culpa não foi de ninguém
Bem! Sem mais delongas, vou partir
Sem nem mais um passo pra trás
Eu me despeço aqui!
E, quando eu estiver distante
Seguindo em frente
Sem ouvir teu choro retumbar
Nessa estrada delirante
Eu que vou seguindo a diante
Nem penso em voltar
Mas se o mundo realmente, como dizem
É uma esfera
Tanto avante e a gente volta pro mesmo lugar
Mas não conto com tua espera
Que eu sei bem
Quem tanto espera pode se cansar
E, hoje, eu não sou mais seu!
E, hoje, eu não sou mais seu!
Hoje, eu não sou!



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