
Deuses de Barro
Edilson Botelho
Deus foi negado, Yaveh deixado
Nascem os ídolos, moldam-se deuses
Feitos de barro, de gesso e pedra
de ouro e de prata são eles blindados
Ricos e pobres, sábios e loucos
Fazem suas preces, pagam seus votos
Medo e cobiça levam devotos
Ao altar da farsa e da enganação
Deuses tem boca, mas nunca falam
de olhos vazados, jamais viram luz
Nariz que não cheira, ouvido que é surdo
Silêncio é tudo que sai da garganta
Mãos que não pegam, pés que não andam
Deuses colados, parafusados
Em seus estrados pra não cair
No faz de conta que podem salvar
Há um só Deus, vivo e verdadeiro
Espírito puro, livre, absoluto
Eterno, imutável, Deus onipotente
Justo Juiz, onipresente
É Deus Gracioso, rico em bondade
Conhece a nossa fragilidade
Habita no céu, mas senta-se ao lado
Daquele que está no pó quebrantado
Mãos estendidas para salvar
Olhos atentos a tudo
Pés que se apressam pra socorrer
Ouvidos que ouvem a prece do justo
Quem nesse Deus espera e confia
Nunca há de ser envergonhado
Digno de honra, digno de glória
Cristo pra sempre será
Exaltado, adorado
Exaltado, adorado
Deus



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