Blues Auriverde
Eduardo Cantos Davö
Eu vejo o tempo se repetindo...
Vejo as mesmas coisas de antes.
Eu vejo, em cada esquina,
Olhos vermelhos
De ratos despudorados
Roendo o vil metal.
Eu ouço gritos enclausurados
E o terror tão banal.
E a vida,
Jogando jogos de azar.
Eu vejo tantos dominados,
Cansados... Por isso querem gritar...
Vejo a hipocrisia
Através da cortina
Auriverde da sala de estar.
Vejo esse estado de demência,
Toda inconsciência
De quem se deixa levar.
E se eu sou boi,
Não me deixo marcar. (bis)
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