
Cortejo de canoa
Eduardo Dias
Leito errante das palmeiras
Onde mora o meu cantar
Entre o barro das ribeiras
Os abismos de se afogar
Cantam cantam correntezas
Zig zag do rio-mar
Palminhando as manhãs passarinheiras
O meu caminho sol verdinho dos aningais
Vela vela o morto
Canoa vela os olhos de ais
Vela vela o tempo
Rebento dos ancestrais
A saudade pairando doida
Como a dor dos castanhais
Anjo fogo dourada serpente ardente
Meu sonho é cantar
Alí na escuridão da flor
Eu cravo a minha espada prata de luar
No sertão das águas
Quando anoite vem voraz
Os arpejos dos remansos
Vão seguindo outros anjos
Outros olhos de bubuia
Ai de mim que espera o orvalho
E alvorada
Se a proa da canoa vai
Vai o vento soletrar teu nome
Ruma alguma estrela
Pois se moras em profundezas
Então te chamas: Encantar



Comentarios
Envía preguntas, explicaciones y curiosidades sobre la letra
Forma parte de esta comunidad
Haz preguntas sobre idiomas, interactúa con más fans de Eduardo Dias y explora más allá de las letras.
Conoce a Letras AcademyRevisa nuestra guía de uso para hacer comentarios.
¿Enviar a la central de preguntas?
Tus preguntas podrán ser contestadas por profesores y alumnos de la plataforma.
Comprende mejor con esta clase: