Chão
Eduardo Toledo
Quando descia margens de um rio
Que sempre imaginei
Fosse desaguar no mar
Não percebia que pedras que desviam
O curso da razão
As águas do coração
Então me vi assim
Uma folha de papel marrom
Que caía de um arranha-céu
E aprendi que o vôo é bom
Mas é preciso aterrissar
E pisar sobre o meu chão
O chão por onde andei
O chão onde caí
Pra poder modificar
O meu modo de existir
Leva contigo o meu abraço mais forte
Deixe fazer sentido o nosso amor
A nossa sorte
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