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Água e Vinho

Egberto Gismonti

Todos os dias passeava secamente na soleira do
quintal
À hora morta, pedra morta, agonia e as laranjas do
quintal
A vida ia entre o muro e as paredes de silêncio
E os cães que vigiavam o seu sono não dormiam
Viam sombras no ar, viam sombras no jardim
A lua morta, noite morta, ventania e um rosário sobre
o chão
E um incêndio amarelo e provisório consumia o coração
E começou a procurar pelas fogueiras lentamente
E o seu coração já não temia as chamas do inferno
E das trevas sem fim. Haveria de chegar o amor.

Escrita por: Geraldo E. Carneiro / Egberto Gismonti. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.
Enviada por Lais. Subtitulado por luiz. Revisión por Daniel. ¿Viste algún error? Envíanos una revisión.

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