Lenho Verde
Elizama Oliveira
Ele foi caminhando e sofrendo e não tendo vergonha da dor
Foi morrer porque assim queria
O seu crime foi ter muito amor
Era rei com coroa de espinhos o seu trono foi a rude cruz
Quando nela ele foi levantado atraiu muitos a sua cruz
Oh não chores filha de Sião, por ele ninguém deve chorar
Ele foi lenho verde queimando
Seus filhos muito mais queimarão
E agora pregado em seu trono suas vestes foram repartir
E assim pra vestir todo homem ele mesmo deixou se despir
Tenho sede ele falou baixinho e lhe deram a beber
Fel com vinho
Mas ao mundo ele está a dizer
A quem tem sede dou de beber
E a morte foi se aproximando e ele foi suportando esta dor
De repente gritou de agonia e a Deus seu espírito entregou
E o seu coração quebrantado
Que já morto ainda foi traspassado
Sangue e água foram derramados pra salvar todo vil pecador
Toda terra chorando e gemendo
Até o Sol se escondeu de tristeza
Ao ouvir este grito de horror se abalou toda a natureza
Como rico ele foi sepultado com perfume e mais puro linho
Mas quebrando as correntes da morte
Ressurgiu para ser o caminho
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