Boêmio
Ervino José
Vivo vagando pelas ruas da cidade
Igual um pássaro quando perde o seu ninho
Saio à noite procurando aventuras
No outro dia estou triste e sozinho
Procuro sempre bares e casas noturnas
Me junto ao lado das mulheres de ninguém
Outros boêmios juntam-se a mesma mesa
Até gastar nosso último vintém
Assim é a vida desse triste vagabundo
Que afoga as mágoas na orgia e na bebida
Só esperando que chegue logo a morte
Pra dar um fim nessa triste e amarga vida
Já fui feliz, mas a minha doce amada
Certo dia do meu lar foi se embora
Partiu com outro nem sequer disse por quê
Também não sei como vive e onde mora
E foi assim que me transformei boêmio
E pelas noites meu destino é vagar
Sempre bebendo e dormindo nas calçadas
Carregando minha cruz sem descansar
Assim é a vida desse triste vagabundo
Que afoga as mágoas na orgia e na bebida
Só esperando que chegue logo a morte
Pra dar um fim nessa triste e amarga vida
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