
Oriente
Eugenio Leandro
O sol daqui me orienta
Rabeca de oliveira, valsa manca
Nossa miséria é branca
Com flores na janela
Mirar flores na janela
É abrir o mapa de vida tão vasta
Esse caminho me arrasta
Somente o sol me orienta
Se existe paz contida na borrasca
O meu espanto contempla o sem fim
Um dia de chuva e de vento frio
Já é um dia bonito pra mim
A festa, o brado, a orquestra
Tá tudo preso aqui no coração
O rio passa na ponte
E os homens na contramão
Rio criando vertentes
Vai sem canseira forçando o destino
A festa, o brado, a orquestra
Tocando o meu desatino
Se tudo no mundo tem um limite
Com dinamite eu ando por aí
Se este seu mundo corre por um fio
Meu desafio é poder ver seu fim



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