visualizaciones de letras 904

Monólogo de Um Cavalo

Fabiano Bacchieri

Eu que nasci na campanha, contemplando céu e campo,
Com a luz de um pirilampo refletida sob a franja.
Que vivi pisando flor revirando o céu dos pastos
Sempre terei no olfato recuerdos se terra e sanga.

Agora estalando pedra na sina de charreteiro
Num outro ofício campeiro carrego a cidade em mim...
- a mesma que esbarra inquieta na lentidão do rodado
Pelo andar desatinado que nunca sabe do fim!

Meu Rio Grande são as cores de um lume de sinaleira
Na viseira os horizontes minguados de sol e lua.
Com as mazelas nas cruzes pelo meu destino andante
Sigo eu... um claudicante tendo o legado das ruas!

Eu que fiz meu próprio tempo levando a pátria encilhada,
Cortando rastros em armadas nos fundões do continente...
Pastejando a contra-gosto num corredor de avenida
Faço da lida que é minha sustento pra tanta gente!

Volteando o mundo da soga daqui de um quintal de vila
Changueando por pão e pila sou mais um com esta indiada:
- Tantos iguais doutra espécie que não inspiram poesia
Mas são pura nostalgia cargueando a vida na estrada!

Escrita por: Fabiano Bacchieri / Marcio Nunes Correa / Helvio Luis Casalinho. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.

Comentarios

Envía preguntas, explicaciones y curiosidades sobre la letra

0 / 500

Forma parte  de esta comunidad 

Haz preguntas sobre idiomas, interactúa con más fans de Fabiano Bacchieri y explora más allá de las letras.

Conoce a Letras Academy

¿Enviar a la central de preguntas?

Tus preguntas podrán ser contestadas por profesores y alumnos de la plataforma.

Comprende mejor con esta clase:

0 / 500

Opciones de selección