Transes Divinas
Flávio Penido
No alto a neblina
No canto a escuridão
Um olho que fascina
Desnuda a solidão
Fogueira acesa em campo aberto
Um profeta retirante
Cabeça feita pra ver bem de perto
A verdade em um ser delirante
Um silêncio tagarela irrompe a madrugada
Vozerio sentinela, criança e alma penada
Agasalho e chapéu, a Lua a passear
Todos pensam, mas ninguém sabe por onde começar
Então sopra o fogo, acende a vela
Todo o vinho do barril
Sempre acesa, a noite é bela
Lembranças ficam, ninguém viu
Histórias de assombração
Criatividades místicas
O jovem procura a mão
A moça em transes divinas
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