Rotineiro
Flavio Santos
Versos de uma menina rouca
Com maior fama de louca
Versos que eu vou roubar
Trechos de um filme americano
Sempre no final do ano
Eu não posso suportar
Sem o menor traço de esperança
No sinal uma criança
Pede algo pra comer
Passa um carro a noventa por hora
E a polícia ignora
Tanto faz não quer saber
Beijos espalhados na esquina
E o barulho alto do ventilador
Preso no varal dessa rotina
Grito de dor
Passarinho preso na gaiola
Homens me ensinam o que é pudor
Vê se sai daqui não me amola
Ó meu Senhor
Bulas alteradas de remédio
Que não curam o meu tédio
Oração pra recitar
Roupa enfeitada de miçanga
Guardo uma carta na manga
Mas sem grana pra apostar
Padaria aberta de manhã
Meu fone toca Djavan
E abro meu jornal pra ler
Vejo outro cara morto que era preto
Pelas mãos que tem direito
De atirar a bel-prazer
Beijos espalhados na esquina
E o barulho alto do ventilador
Preso no varal dessa rotina
Grito de dor
Passarinho preso na gaiola
Homens me ensinam o que é pudor
Vê se sai daqui não me amola
Ó meu Senhor
Vê sai daqui não me amola
Vê se vai embora por favor
Vê se sai daqui não me amola
Ó meu senhor
Vê sai daqui não me amola
Vê se vai embora por favor
Vê se sai daqui não me amola
Ó meu senhor



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