Violeiro do Luar
Francisco Petrônio
Às vezes de noite
Adisfarçando minhas mágoas
Vou beirando o corgo d'água
Que travessa o meu pomar
E fico ouvindo o choro triste do corguinho
Que é o cantor que embala os ninho
Que é o violeiro do luar
Porque eu já tive tal e qual esse corguinho
Quem ouvisse a voz do pinho
Que eu fazia soluçar
É bem iguá
Como essas água dulorida
No corguinho desta vida
Também tive o meu luar
É bem iguá
Como essas água dulorida
No corguinho desta vida
Também tive o meu luar
Noites inteiras sem sentir
O passar das horas
Fico ouvindo a água que chora
Abraçadinha com o luar
E tenho inveja
Desse amor tão paixonado
Que me faz lembrá o passado
Quando eu tinha alguém pra amar
E tenho inveja
Desse amor tão paixonado
Que me faz lembrá o passado
Quando eu tinha alguém pra amar
É bem iguá
Como essas água dulorida
No corguinho desta vida
Também tive o meu luar
É bem iguá
Como essas água dulorida
No corguinho desta vida
Também tive o meu luar
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