
Garça Vaqueira
Galvão
De repente, elas passam silenciosas
Como um branco, etéreo planador
Nesse céu encarnado de poente
Sobre a minha cabeça
E decaem graciosas, cantando em seu bailado
Sobre as águas, sobre as margens
Sobre a mata, desse Lago do Amor
Garça vaqueira que vem lá do sudoeste
Das pastagens e campinas, das encostas pirambeiras
A noite chega com centenas reunidas
Pra matarem a sua sede e logo vão dormir
Pois amanhã será um novo dia
Manhãzinha... Um novo verde vaquejar!
Carrapateira... Eh, boi
A natureza fez de mim sua parceira
Seu carrapato, cato, prato favorito
Enquanto você pasta
Eu vou bicando o seu cupim
É bem assim



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